Espumante Estrelas do Brasil Nature Rosé para a #cbe
/0 Comentários/em Artigos /por mdstudioEstimados amigos, como já é nossa tradição em todo o início do mês, trago aqui no blog meu vinho escolhido para a CBE – a Confraria Brasileira de Enoblogs, possivelmente a primeira e única confraria virtual de vinhos do Brasil. Este mês, excepcionalmente, o tema não foi escolhido por um único confrade; na verdade, fizemos um consenso que brindaríamos (entendam, enfrentaríamos) a chegada do calor – que é extenuante, em algumas regiões – com uma bela garrafa de Espumante. Com certeza, posso lhes garantir, ninguém reclamou da escolha, afinal um espumante é sempre hiper-ultra-mega bem-vindo, não acham?
Eu confesso que este ano publiquei poucos espumantes aqui no blog e possivelmente estou abaixo da média dos anos anteriores. Mas hei de recuperar os números até o final do ano, creio – basta o calor da primavera dar as caras aqui no sul que os espumantes vêm junto na carona (risos).
Pois então, meu escolhido para a edição da CBE deste mês foi este belo Nature Rosé, elaborado pela Estrelas do Brasil – competente empreendimento da dupla de enólogos Irineo Dall’Agnol e Alejandro Cardozo, focado especialmente na elaboração de espumantes em Faria Lemos. Este rótulo é talvez um dos mais bem sucedidos da vinícola: um assemblage Nature (zero ou quase-zero açúcar) elaborado com as castas Pinot Noir, Chardonnay, Viogner e Rieslig Itálico ISV-1 (este último, por sinal, já deu as caras aqui no blog, com ótimos comentários). O espumante permaneceu 60 meses em contato com as leveduras. Mas vamos ao líquido:
Bela cor vermelha alaranjada, em tom de casca de cebola. Perlage fino e abundante, formando uma tênue coroa de espuma. Aromas complexos, com notas de frutas secas e amendoadas, com presença leve e equilibrada dos aromas da fermentação, tudo em bom equilíbrio. Em boca tem bom volume, com notas evoluídas e leve acidez. Muita cremosidade, enchendo o paladar. Agradável de se beber e com um final marcante, isento de amargor ou outros defeitos. Gastronômico e versátil, pede comida.
É mais um ótimo produto desta vinícola que se tornou um verdadeiro sucesso na elaboração de espumantes e virou uma referência de qualidade. Muito boa a experiência, repetiria sem dúvida. Recomendo.
Quanto custa? Está a venda no site da vinícola por 80 reais. Seguramente, tem custo-benefício muito superior a diversos champagne que custam o dobro ou triplo desta cifra. Vale a pena provar.
Saúde a todos!
Fonte: http://universodosvinhos.com
Brasil na Taça: Harmonizando com Estrelas do Brasil
/0 Comentários/em Artigos /por mdstudioUm espumante Nature que, no nariz e na boca, lembra aqueles vinhos envelhecidos em barris e com leve toque de oxidação, tipo Jerez, alguns fortificados e brandies. Some-se a isso a austeridade dos espumantes “zero açúcar” e temos um vinho que pode ser definido como de difícil compreensão e que precisa de uma certa dose de boa vontade do bebedor.
Para deixar os leitores do BK ainda mais tentados, o Anuário Vinhos do Brasil 2013 deu ao Nature 2007 Champenoise de Estrelas do Brasil a melhor nota (91) dentre as 554 amostras de vinhos nacionais enviadas por 85 vinícolas.
Essa joiazinha custa 80 reais, e quem quiser “experienciá-la” terá de ligar para o Irineo e pagar pelo frete. Ou ir à Bento Gonçalves e buscá-la das mãos do autor, como eu fiz.
Débora Portela . 19 de janeiro de 2016
Meu brasileiro preferido
/0 Comentários/em Artigos /por mdstudioEm casa, eu, que não sou boba, segui as instruções do enólogo. No nariz, o vinho me lembrou couro mesclado a um balsâmico sutil, sem nada de fruta. Cheirinho de italianos maduros, mal simplificando a coisa. Uns 20 minutos depois, uma distante geleia de morango visitou minha taça.
Aromas vinham, desapareciam, e essa inconstância me deixava confusa e insegura quanto à análise que pretendia fazer.
Mais adiante, notas delicadas e distantes de frutas secas. Não reconheci nada de Cabernet Sauvignon nele, talvez porque o processo de passificação tenha dado um novo caráter ao vinho. O DMD é persistente e devolve ao final do gole um leve amargor, como vindo de um tostado, apesar de não ter passagem por madeira. Pode?
A presença do álcool no nariz não foi embora mesmo com as 10 horas de decantação, e se intensificou no paladar com o risoto de funghi, bacon e calabresa com o qual harmonizei o DMD. Talvez por causa do sal de todos esses ingredientes juntos, somado ao do parmesão da finalização. Sal e taninos se odeiam! E confesso que, louca por pimenta que sou, talvez tenha exagerado. E aí, a boca pega fogo mesmo!
Resumindo, um Cabernet de corpo médio, elegante, que me lembra mais um Ripasso que um Amarone, e com uma acidez que o mantém em grande forma mesmo aos NOVE anos de idade! E por um valor de Casillero del Diablo no Pão de Açúcar!
Débora Portela . 19 de janeiro de 2016
A Alquimia do Espumante
/0 Comentários/em Artigos /por mdstudioSempre que estou faço fotos e envio para os amigos de todo o Brasil, e as que apresento aqui foram feitas quando levei meus parentes de Minas Gerais para conhecer Irineo. Percebam as mudanças constantes no cenário.